domingo, 14 de setembro de 2008
Desafio
Acordo
- lentamente -
com a luz, inquietante,
e preparo a alma
e o coração.
(Alvorece e eu desespero)
E em arranjos cobardes,
à força que me exigem
as manhãs e as tardes
e início das noitadas,
é de lágrimas atadas
que alcanço o firmamento.
Mas choro só por dentro,
que por fora não posso.
Recordo
- vagamente -
a lua cheia, pensante,
e o brilho na palma
da minha mão.
(Anoitece e eu recupero)
Se é no escuro que sinto
um aroma ou melodia,
fecho os olhos e pinto,
ou fecho-os e minto,
erguendo um gesto afoito.
E escrevo de dia,
como quem desafia
a escuridão da noite.
19 de Agosto, 2008
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