domingo, 14 de setembro de 2008
Noite (Redenção)
É noite e penso.
Penso mas reparo
no eco do silêncio
que assombra e afugenta
o pensamento.
Afinal o que sentia
era nada.
Imagino o que seria
se sentisse o que escrevi
aclamando o tormento
(tão meu!)
que criei e que fingi.
Já não vejo, não cheiro…
…nem sequer ouço
(e a música é tão íntima!).
Estou finalmente a sós
comigo.
Acomodo-me à certeza
de um vazio desleal
que me preenche
e dá abrigo
da tristeza e do mal
que quase que sinto
por nada sentir.
É noite e estou só
(incapaz de chorar!).
E renuncio a seduzir
a sensação para o prazer
de ver, cheirar…
…e ouvir.
1 de Julho, 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário